Durante a Segunda Guerra Mundial ambos os pais da psicoterapeuta, Esther Perel, passaram tempo nos campos de concentração. Como garota, reparou que eram poucos os judeus de sua comunidade belga que tinham avós. Também observou uma diferença muito grande entre os adultos.
Alguns prosperaram depois dessa inimaginavelmente difícil prova que sofreram às mãos de pessoas possuídas por uma filosofia diabólica. Saíram dos campos de concentração com uma tremenda vontade de viver, de exprimir cada gota de felicidade de sua existência.
Outros também sobreviveram—mas isso só. Era como se alguém tirasse a alma deles, e que vagueavam pelo mundo como sonâmbulos tristes. Os dois grupos passaram pelas mesmas experiências, mas sua reação foi notavelmente diferente.
Em meu último artigo, exploramos a errada ideia de que outros são capazes de fazer coisas horríveis, nós não somos. Lembramos a história de Lamã e Lemuel, e vimos que eles tiveram motivos muito grandes para se queixarem. Se somos sinceros, reconheceremos que nós também já fizemos reclamos muito grandes por razões muito mais pequenas.
Mas presumo que tanto você, quanto eu, não queremos acabar como Lamã e Lemuel. Reconhecer que sou capaz de cometer horrores não quer dizer que queira cometê-los. Como podemos conseguir, não somente sobreviver as experiências difíceis da vida, senão também avançar com vontade de gozar da vida a cada oportunidade?
As Escrituras nos oferecem muitos exemplos, mas já que consideramos as circunstâncias de Lamã e Lemuel, faz sentido procurarmos a resposta analisando as decisões diferentes do irmãozinho deles: Néfi, quem passou pelas mesmas provas, e também outras.
Não foi durante primeira, nem a segunda, nem minha quinta leitura do Livro de Mórmon quando reparei algo muito importante: Néfi não estava nada contente com se levantar durante a noite e sair de Jerusalém. É muito possível, e até provável, que estava igual de revoltado que seus irmãos mais velhos.
Que fez a diferença?
Primeiro, Néfi reconheceu seus sentimentos. Deu-se conta da ira, raiva, irritação, confusão ou impaciência que surgia nele. Não negou a existência do homem natural que se manifestava nele.
Segundo, e igual de importante, levou suas queixas a Deus. A tradução da palavra que usou Néfi para descrever sua forma de se dirigir ao Senhor não descreve uma oração tranquila, pacífica nem curta. Néfi conta que clamou ao Senhor.
Clamamos ao Senhor quando surge o homem natural dentro de nós, ou presumimos que Deus tirará esses sentimentos de nossos peito, automaticamente, por termos frequentado a reunião sacramental, distraidamente, o domingo passado?
Terceiro: Néfi diz que tinha desejos de conhecer os mistérios de Deus. Esta frase indica duas coisas muito importantes. A primeira é que Néfi tinha um sentido de humildade muito saudável. Poderíamos dizer que ele acreditava que as obras de Deus faziam sentido, mesmo que esse sentido não fosse óbvio para um ser mortal e limitado como ele.
Quarto: Néfi tinha fé na generosidade de Deus. Acreditava que o Pai Celestial era capaz de revelar o suficiente desses mistérios para que ele pudesse compreendê-los e aceitá-los.
Como já lemos, não fez uma oração fraca e rotineira para entender esse mistério de Deus, que requereria sacrifícios ainda maiores de sua parte. Não. Néfi estava disposto a clamar ao Senhor.
Como consequência, Deus enterneceu o coração de Néfi. Respondeu a suas súplicas e aplacou o homem natural que estava dentro dele—não completamente, nem para sempre, mas o bastante para que Néfi conseguisse se comportar de uma forma digna e corajosa, o suficiente para que não somente sobrevivesse, senão também sobressaísse quando voltaria para Jerusalém e enfrentaria dificuldades ainda maiores.
É meu desejo que todos possamos seguir o exemplo excepcional e extraordinário de Néfi, e evitar o exemplo compreensível, mas desprezível, de Lamã e Lemuel. Precisamos reconhecer o homem natural quando se manifesta em nós. Não devemos dizer que outros podem cometer atrocidades, mas nós não.
Segundo, devemos ter a humildade suficiente para reconhecer que existem coisas na vida que estão além de nossa compreensão atual, e que existem motivos lógicos, razoáveis e bons, que simplesmente desconhecemos.
Terceiro, devemos exercer fé e confiança em nosso Pai Celestial para rogar, no nome de Jesus Cristo, que nos ajude a compreender nossa situação difícil. Não necessariamente cada detalhe, mas sim o bastante para que nosso coração seja abrandado.
Quarto, não devemos pensar que as respostas grandes sempre vêm facilmente. Precisamos aceitar que, frequentemente, é necessário que supliquemos a Deus, durante períodos longos, para obter as respostas e guia que buscamos.
É minha testemunha que temos esta história sobre a família de Leí para saber como receber a ajuda de Deus que precisamos para enfrentar as grandes provas da vida, para que não somente sobrevivamos, senão que sobressaiamos—para que nos desenvolvamos, para que aprendamos, para que nos convertamos em pessoas mais pacientes y compreensivas, para que sejamos mais como nosso Salvador Jesus Cristo.
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Ryan Boothe
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